(O texto não tem nada a ver com avó. Mas a imagem é bonitinha)
Estava sentado no banco da esquina. Fazia tempo, que, eu não ia naquela esquina lá, velho. Até esqueci o nome daquela avenida. - Não vou lá, desde quando a Andreza morava lá.
E lá, encontro pessoas legais. Como o Antônio, o Joaquim, o Vitinho, o Jean e o Luquinhas.
Desde as pessoas mais desagradáveis. Nego, Léo, Patrick, Marcinho, Amandinha, etc.
E nesse encontro em especial, encontro quem? Isso mesmo? Franciele. - Com um top preto e calça jeans e, com a sua filha do lado. Ah, e estava com um fone de ouvido, também:
- Oi, Victor!
- Oi, Franciele, tudo bom?
- Só um pouco cansada. E você?
- Na mesma.
- Mas pelo menos, saiu de casa, né?
- É... Sei lá, porque também.
- Quem é esse, mãe?
- Um amigo da mãe de muitos anos. Você não o conheceu, pois a gente se afastou. E eu, o conheci, muito antes de você nascer.
- Ah...
- Oi, como é seu nome?
- Isa. E o seu?
- É Victor. Prazer.
- Quer sentar um pouco comigo, não?
- Quero. Eu ia no Gilson falar com ele um negócio, mas aquele caquético pode esperar mais um pouco.
- Hahahaha... Você e o Gilson se ''amam'', né?
- Ô...
- O que você tá ouvindo?
- Sixpence, gosta?
Fazia tempo que eu não via a Franciele ouvir uma música boa. E, Sixpence apesar de ser uma banda alienada, é muito boa. - Como Anberlin também é, por exemplo:
- É alienada, mas eu gosto.
- Como assim?
- Sixpence é cristão e eu chamo os cristãos de alienados.
- Ah, entendi...
- Não é Kiss Me, não, é?
- Não. Ouvi as outras músicas deles e são muito mais fodas.
- Também acho.
- Como você disse, que, tá na mesma, vou te contar um pouco da minha vida. Já que você não sabe de nada depois que eu te bloqueei.
- Conte-me. Está trabalhando na mesma loja de surf?
- Estou trabalhando com roupas de surf, mas agora, é na Hot Spice.
- Evoluiu de loja, hein?
- Você acha?!
- Claro! Compro em lojas de surf há anos, e a Hot Spice é muito melhor que a KYW.
- Não posso cuspir no prato que comi.
- Você e suas queimadas... Já vou indo.
- Não, fica. Desculpa.
- Não, sério. Não foi por causa da sua queimada, não. É sono mesmo.
- À essa hora da tarde?
- Tomo antidepressivos, esqueceu?
- Ah, é verdade. E tudo por minha causa.
- Não se sinta culpada. Houveram outros motivos para os cortes. Não se sinta especial, também.
- Nossa...
- Desculpa.
- Não foi nada. Te humilhei tanto que, pra você até dou um desconto.
- Ah, e você se importa com os meus sentimentos agora?
- Sempre me importei, Vi.
- haha... É mesmo?! Acredito.
- Você é um puta de um escroto!
- E você que só sabe machucar os outros?!
- Você se machucou sozinho! Não me venha com essa agora.
- Não tô te culpando de nada.
- Então, por quê você tá me tratando assim?
- Porque você me tratou assim.
- Entendi. Então, porque você se importa tanto com que eu te fiz?
- Porque eu te amei de verdade.
- ... Não te dei esperança nenhuma. E outra, não sou obrigada a ficar com quem não amo.
- Verídico! Bravo! Mas, você deveria ter um pouco mais de consideração. Precisava você me chamar de gentinha daquela vez? E me deixar no vácuo na segunda?
- .... Verdade, Vi. Desculpa.
- Se fosse apenas o não, eu saberia superar mais rápido, mas você precisava foder, né?
- Tá bom, Vi. Desculpa!
- Desculpo. Como sempre. Vou pra casa, tô caindo de sono.
Então, eu fiquei em pé e caí no chão por causa do sono e, pelo fato de eu estar completamente grog:
- Quer que eu te levo? É caminho.
- Não!
- Você não tá com condições de ir pra casa, Vi.
- Mas a minha mãe vai ''gostar'' muito de você me levando pra casa.
- Vixe.. É mesmo, a sua mãe me detesta, né? Mas vamos, eu converso com ela.
- Então, tá. Mas não vão tretar, hein?
- Pode deixar.
- Dona Sueli!
- Fala, ''Filha da Nilza''.
- Trouxe o seu filho que está grog. Tava conversando comigo lá na rua, mas tava sem condições de voltar.
- Ele vomitou na rua?
- Não.
- Ainda bem, ''vamô'' levar ele pro sofá.
- ''Vamô''.
- Bleh, Bleh...
- Vai vomitar... Corre pro banheiro!
- Tá.
- Vomita aí, Vi.
- Bleh!! - Sujou sua roupa?
- Não. Pode deixar.
- Vem, que eu te boto no sofá.
- Tá. Valeu, moça.
- Nossa... Faz tanto tempo que você não me chama assim, Vi.
- É verdade...
E dormi feito um anjo após um beijo na testa que ela me deu.