domingo, 12 de julho de 2015

A Multifoco não Aceitou o meu livro, E agora?

Imagem: Tumblr
 
 
Enfim, a Editora Multifico não aceitou o meu livro. É foda isso, pois, eu estava muito feliz com resultado que, ele tinha dado no Wattpad, e quando vi que dava pra transformá-lo em físico, fui lá, e transformei.

Só me resta, pedir desculpas por ter iludido alguns. Até porque, eu também me iludi. E estava crente de que, a Multifoco iria aceitar o meu livro, mas não foi dessa vez.

Na verdade, três editoras já haviam dado com a porta na minha cara antes da Multifoco: A Sairaiva, a Leya e a Rocco.

Mas não vou desistir por causa disso. Aliás, tô preparando já o meu 2° livro físico pro ano que vem. – Mas que é triste, é triste pra caralho.

A Katherine, minha ex colega que sala, que escreve pra mesma editora e conseguiu publicar lá, quando ficar sabendo, vai rir da minha cara. – Até porque, ela me detesta. (Risos).

A Tia Fran, que a personagem do livro principal do livro, embora, eu não a cite nele, mas ela sabe que é ela, pois o trouxa que vos fala, foi mostrar. – Também, vai rir horrores quando ficar sabendo da notícia.

Enfim, mas eu não vou ficar me sentindo o Bukowski por muito tempo, mas sim, vou continuar correndo atrás de outras editoras que me aceitem.

Até porque, não escrevo desde 2012, em vão.

E o pior, que foi uma puta queimada, velho:

”Não estamos interessados em publicar o seu texto”. – E acabou! Me senti um lixo, sabe?!

E outra, não foi só um ”texto” qualquer. Coloquei a alma naquele livro. Foi o segundo livro que eu escrevi no Wattpad, e iria ser o meu primeiro livro físico. – Se bem, que, eu coloco a alma até nos textos que eu faço. Mas enfim, né?

O livro tem ilustrações fodinhas, fiz a capa dele bonitinha, tem 22 capítulos e, 106 páginas. E ainda, eles consideraram isso como um ”texto”?!

Tô realmente inconformado com essa situação, sabe? Mas é assim mesmo. E eu, não vou desistir tão fácil assim.

”Mas se você achar que eu tô derrotado, saiba que ainda estão rolando os dados” – Cazuza.
Não vou fazer do ”Heartbreaker”, um mero coração quebrado. – Ah, mas não vou mesmo.

Katherine, você pode rir. Mas será por míseros segundos.

domingo, 5 de julho de 2015

Sonhei com Você...

Imagem: Tumblr

Você pode ler esse texto ao som de: Keeley Valentino - Nashville
 
Por incrível que pareça, sonhei com você após, de ter escrito o texto mais lindo e mais sincero da minha vida. - Foi bom demais.

Você como feminista de carteira assinada, pode reclamar ao ler esse texto, pois o sonho começa com a minha mãe, contratando você e a Fernanda para limpar a minha casa. - E detalhe, no sonho, vocês moravam naquela casa que já foi minha um dia.

Eu estava na cozinha, quando vocês chegaram. 

Você, com aquele cabelo vermelho acastanhado e com aquele vestido vermelho, como naquele dia que eu te vi pela primeira vez, e quando você apareceu na porta da casa do meu tio e, a Elisangela te chamou de metida.
 
E sua irmã, com aquele cabelo curtinho e um vestidinho preto. - Nossa, como ela é bonita. Mais bonita que você, aliás. Não me canso de falar isso. Toda vez que você me lê, se me lê, né? Deve pensar:
 
- Ele gosta de mim, mas acha a minha irmã mais bonita que eu?! Que porra é essa?!

É, Tia, temos de aceitar os fatos. Mas por quem meu coração bate forte mesmo, é por você. Não que isso valha alguma coisa pra você, né?

E também, a Fernanda já é velha pra mim. Aliás, você é mais velha que eu. Um ano mais velha, mas é mais velha do mesmo jeito. Se eu tenho vinte e você vinte e um, ela, deve estar chegando nos trinta agora.

Outro fato, é que ela é lésbica. Se eu fosse apaixonado por ela, o tanto que sou por você, o meu coração iria sofrer bem mais. - Já pensou?:

- Você é um carinha legal, mas acontece que eu curto mais a sua prima que você.

Iria ser uma pancada no meu peito, mas talvez, eu me conformaria. Até porque, isso é melhor do que ser chamado de gentinha. Mas enfim, vamos ao sonho...

Então, eu deitei no sofá da minha sala enquanto o alvejante, o pano, o rodo e a vassoura estavam a minha volta. E você, estava varrendo o tapete ainda:

- Oi.

- Oi.

- Desculpa, estar te incomodando. Já vou sair daqui e ir para o meu quarto, viu?

- Não está incomodando, não. Pode ficar.

Então, eu liguei o rádio na Metropolitana e estava tocando ''Nashville'', da Keeley Valentino. Então, eu disse:

- Larga essa vassoura um pouco e vem ficar um pouco aqui comigo.

- Não cabe.

Então, você sentou no meu colo, tocamos as mãos um do outro e começamos a colar nossos rostos. E quando, eu estava chegado perto... Você virou o rosto e deu um beijo na minha bochecha:
 
- Você é lindo.
 
- Você é que é. Obrigado, por você estar aqui.
 
- De nada.
 
E você, começou a limpar a casa. Enquanto eu, continuei vendo o Regular Show no Cartoon Network.
 
E o sonho acabou. 
 
Estava dormindo ainda, mas senti que aquele beijo na bochecha me tocou de verdade, e senti uma paz interior dentro de mim. 
 
Talvez, você esteja escondida nos meus sonhos quando estou mais carente de carinho. E eu não sabia disso. E, eu só digo uma coisa depois que isso aconteceu.
 
Obrigado por você existir, Tia. Mesmo que você, só apareça nos meus sonhos de vez em nunca.
 
 E da mesma forma que eu te guio nas madrugadas mais frias nos seus pesadelos,  você me guia em meus sonhos mais reais e mais sinceros.



Casamento

Imagem: Melina Souza
 
 
Você pode ler esse texto ao som do àlbum: A Arte de Ser Invisível 
 
(Texto escrito em Dezembro de 2014, mas reescreverei de uma forma mais completa).
 
Obs: Esse texto contém algumas mentiras, porém algumas verdades. Tire suas próprias conclusões do que é verdadeiro e falso.
 
Me lembro daquele novembro chuvoso de 2010, e que o Renan ligou aqui pra casa e, me chamou pra ir ao seu casamento.
 
Lembro-me, da minha vontade de ter impedido aquela patuscada e, te levar dali. Mas te deixei casar com aquele troncho, com aquele terno todo amarrotado e soado. 
 
Lembro-me, que até iria dar um cigarro para ele, mas deixei quieto; e fumei o meu dentro da igreja, pois, eu também estava ansioso pra te ver com aquele vestido branco lindo e trabalhado em diamantes.
 
Lembro-me, que na hora de impedir. Eu fugi e fui beber todas num bar que tinha do lado; e também, lembro da baixaria que eu fiz na sua festa, chamando o garçom de filho da puta:
 
- Ô, filho da puta! Traz mais uma 51 aqui, meu! Você me trata mal só por quê sou pobre?
 
- Calma, senhor... Já estou indo!
 
Foi engraçado demais, velho. Lembra? Depois, abracei o garçom e fui-me embora e dormi na rua. Depois disso, eu não lembrava de mais nada.
 
Somente das chineladas da minha mãe. Ela pegou logo o meu chinelo Kenner vermelho. - Puta que pariu, como aquilo ali dói, viu?
 
E depois, ela me disse, que foi você quem me trouxe pra casa, pois eu estava dormindo na rua. Depois, você me ligou e me perguntou se tava tudo bem, fingindo se importar. Lembra?
 
Depois disso, o Renan me ligou de novo, me chamando de cuzão por não ter impedido aquela merda de casamento. E depois disso... Fui acordar somente no hospital:
 
- O que eu estou fazendo aqui, Doutor?
 
- Eu é quem te pergunto, o que você tá fazendo aqui?
 
- Puta que pariu! Perdi o jogo do Palmeiras, quanto foi doutor?
 
- Relaxa, foi 2 x 1 pro Internacional.
 
- Ainda bem, que eu perdi então, né?
 
Todas as vezes que eu tentava escrever esse texto, eu escondia o que havia aconteceu naquela madrugada de sexta para sábado. Mas uma música do Juliano Holanda, me encorajou a falar:
 
'' Quando eu cheguei ja era tarde eu sei
Pra te encontrar, pra te dizer o que você queria ouvir
Quando eu cheguei o sol não tava mais
Nem por aqui nem por nós dois
Eu me perdi sem tua voz
As tardes que eu sangrei''
 
Sim, eu me cortei naquela madrugada. Lembro-me, da minha camisa branca da X-Ray, toda ensanguentada e, minha mãe chegando do Extra, gritando o meu nome e batendo na minha cara, sem parar.   
 
Lembro que, o Cuiu chegou pra pegar o carro do Seu Louro, pois, ele iria no velório da Santinha. 
Quem é Santinha?: Uma macumbeira que morava aqui do lado da minha casa. Eu tinha medo dela quando eu era criança.
 
 Depois que o filho dela morreu em uma troca de tiros com a polícia, ela se deprimiu e ficou toda desarrumada, fedida, usava num pé, um Havaianas e no outro, um Kenner.
 
 E foi daí, que ela começou fazer as macumbas, também. Mas as macumbas dela sempre davam errado. Uma vez, ela fez macumba pra filha dela se curar do HIV e ela, morreu dois dias depois. - Aliás, um mistério ronda a morte da Lucinha, pois, ninguém sabe se ela morreu de Câncer ou de Aids. 
 
Eu tenho por mim, que foi de Aids, pois, ela ficou doente após, de ter saído da cadeia e também, não perdeu nenhum fio de cabelo. Mas ninguém sabe ao certo.

A minha mãe, ficou morrendo de medo que Cuiu ficasse sabendo que eu me automutilava. - Aliás, ela não queria que ninguém do Jardim Robrú soubesse disso. - Até porque, a maioria do pessoal daqui são todos uns fofoqueiros.

A Santinha mesmo, ficava das 06:00 às 22:00 só olhando a vida dos outros. A Rua Raimundo de Paulo Freitas, era meio o Jornal Nacional da Dona Santa. Ela sabia de tudo.

Ela, sabia que os meus pais iriam se separar, antes de eles se divorciarem de fato. - Pois, ouvia eles se dizendo ''boa tarde'' toda hora.

Ela, sabia que a minha avó Lili iria morrer antes mesmo de ela ir para o hospital. - Pois, ouviu alguém comentar que ela estava sentindo dores nas pernas e, as mesmas estavam enxadas.

Ela sempre perguntava:

- E o Marcelo? Vai separar ''cês'' dois, não?

- Vai tomar no cu, Santinha.

E ela sempre falava:

- A Dona Lili não vai passar de hoje.

- Vira essa boca pra lá, Santinha.

Enfim, a minha avó foi mais duradoura que o casamento dos meus pais. Mas também, não passou de ''hoje'', infelizmente.

É... Como a vida é engraçada, hein, Tia? Você também separou daquele troncho que tinha a regata do Bob Marley como seu escudo, mas ficou com um cara mais troncho ainda. - Aliás, além de troncho é ciumento.
 
Ele sabe, que você o ama, mas tirou todas as possibilidades de eu lhe ver de novo. E ainda, eu fiquei sabendo que vocês brigaram por minha causa, enquanto eu estava dormindo.
 
Ele te deu o livro do Harry Potter com a tentativa de me fazer enfurecer, pois, também sou escritor e escrevi um livro sobre ti. Aliás, tudo o que veio de inspiração ou quase tudo, foi sobre você.
 
Mas pelo menos, escrever sobre você vai me dar dinheiro pra eu pagar a minha conta de luz. Tá foda a pindaíba, Tia. Tô pior que o seu time de coração quando se trata em fundos financeiros. 
 
Com a inspiração que tu me destes, pelo menos, a minha mãe não vai mais reclamar da Dona Dilma Rousseff, todas as vezes que passa notícias dela na Globo. 
 
Obs: Cito a Globo, pois a minha mãe não assiste outro canal a não ser, a Dona Rede Globo.
 
É meio Cazuza naquela música, ''Obrigado, (Por ter se mandado)'', né?
 
''Pelos dias de cão, muito obrigado
Pela frase feita
Por esculhambar meu coração
Antiquado e careta
Me trair, me dar inspiração
Pr'eu ganhar dinheiro''.
 
Olha, eu não agradeço por você ter se mandado, mas hoje, estou dormindo tanto por causa das minhas doses de Cetralina e Toperamato e, estou tendo tantos sonhos esquisitos que, eu nem tenho tanto tempo de pensar em você.

Aliás, você só entrou em um desses sonhos esquisitos. Quer que eu te conte?
 
Enfim, estava eu na perua da Tia Rose e do Tio Jailson, conversando com a Amandinha não sei o quê e, você, era a tia. Mas não era pra ser você a tia naquela época. Isso foi o mais esquisito.
 
A Amandinha ter entrado no sonho, não foi nada de anormal. Até porque, éramos da mesma perua, naquela época. - Mas para algumas pessoas isso pode soar anormal.
 
Então, deixa-me deixar um adendo a quem vai ler ou não este texto: Eu nunca gostei da Amandinha na minha vida.
 
Aquela história do selinho, infernizou nossas vidas. A minha mais ainda. Duvido, que hoje, as pessoas ainda falem disso com ela. Mas pra mim... Infernizaram a minha vida com essa história, dos meu sete até os dezoito anos.
 
Sei lá, a Amandinha é bonita, mas tem algo de estranho nela. Não sei se é a cara, a boca ou os dois. Mas enfim, nunca fui apaixonado pela Amanda. Se fui, eu não lembro. Deve ter sido bem lá trás, hein?
 
Ah, mas se eu fosse apaixonado pela Amandinha, com certeza, ela ganharia um livro com a capa mais bela. Já teria ideia até pra uma introdução, mas iria soar muito clichê:
 
''Você é a prova de que os melhores perfumes estão nos menores frascos''.  - Estão vendo? Amanda Lúcio e eu, não iríamos prestar.
 
Aliás, eu saberia como fazer uma capa para um livro sobre a Amanda, saberia como faria a introdução, mas não teria ideia para o nome e nem para os capítulos. - Com certeza, iria ser um fracasso no Wattpad ou se eu, o publicasse fisicamente. - Até porque, não sinto absolutamente nada.
 
Entre um cigarro e outro e, entre uma lata de Coca-Cola, perdi o foco. Foda-se, é legal escrever como o Mario Quintana disse sobre o Aprendiz de Feiticeiro: ''Sem compromisso, mas com sinceridade''.
 
Tá vendo? Entre uma linha e outra, esqueci da tia. Então, o gordo pode ficar sossegado e me desbloquear. Até porque, se ela não souber do meu estado, não é ela quem estará nos meus sonhos, mas sim, eu nos pesadelos dela. - Já dizia Carpinejar.

Não adianta, gordo. Mesmo se eu não souber nada dela, ela irá saber de mim. Vou estar nos pesadelos dela, como o Alexandre da novela ''A Viagem'', pedindo ajuda. - E vai, pedir pra Priscila perguntar de mim pra minha mãe. - E só vou estar dopado, ou no Twitter ou jogando Xbox.

Nossos destinos estão conectados por mais que ela te ame, e não me ama. Até porque, ela sabe e todo mundo sabe, que eu fui o único que a amei de verdade. - Tanto que, tirei litros do meu sangue.

Quando eu sofro, ela sente. Quando ela sofre, eu sinto. Nossos sangues estão entrelaçados. Até porque, eu acabei fazendo um ''pacto'' em mim mesmo quando soube do nascimento de sua filha.

Quando toco no rosto de outra mulher a não ser dela, as minhas mãos queimam. Eu já tentei fazer meu coração mudar de trajeto, mas nunca consegui. E pelo visto, nunca vou conseguir.

OBS: Isso nunca vai lhe atingir, pois você nunca sentiu nada por mim e nunca tirou litros de seu sangue por minha causa. Fique tranquila. Isso acontece comigo somente, pois eu, fui o culpado disso tudo.

Você vai sentir que eu estou lhe escrevendo neste momento, mas nunca vai sentir a dor que eu sinto por não te ter aqui comigo.

E quando eu me suicidar por qualquer motivo, vou pensar em você antes e vou fazer o feito. Mas você não morrerá junto comigo, pois, você nunca sentiu nada por mim. - Aliás, você está numa carta de suicídio que escrevi em 2013.

Mas caso, você morra antes de mim, eu sim, morro junto contigo. Consigo até imaginar a cena:

Você lá naquele caixão marrom. Provavelmente, no Cemitério da Saudade ou do Araçá.
 
 Eu entro, na sala onde sala onde você está sendo velada, todo de preto, caio em lágrimas perto de seu caixão e depois, pego um canivete e corto o meu pulso esquerdo onde há a veia mais pulsante. E morro ali, ensanguentado no chão do cemitério. - E meu túmulo vai ser enterrado ao lado do seu.

Pois, mesmo sem te ter vou continuar te amando, pois, você é minha sina. E como quase morri morri num passado não tão distante assim, se você morrer antes de mim, eu morro junto com você.
 
Pois, o meu coração está ligado ao seu. Se o seu parar, o meu também vai parar. Pois, não vou suportar viver sem você existir.
 
É... Tia, É... Tia... Eu só choro.