quinta-feira, 18 de junho de 2015

Carta para o Imaginário

Imagem: StonerDays

Você pode ler esse texto ao som de: Eminem feat. Dido - Stan

(OBS: Este texto contem verdades e mentiras. Você caro leitor, terá de desvendar onde estão as mentiras e as verdades que estão inseridas neste texto).

A minha mãe pirou de vez. Enquanto olhava a sua foto, sentia vontade de pedir a sua ajuda, mas ao mesmo tempo, sentia vontade de ligar e pedir uma camisa de força para algum hospício qualquer.

Coloquei as mãos entre meus ombros e por algum motivo, lembrei do sonho que eu tive com a Amandinha ontem. 

Não sei porque eu sonhei com a porra da Amandinha. Aquela menina é mais falsa do que nota de R$3,00 e outra, faz muito tempo que a gente não se vê. Apesar de ela vir na minha rua direto.

Éramos, ela e eu conversando na perua escolar do meu tio Jailson sei lá sobre o quê.
 
 E o estranho, você era a tia. Mas como você podia ser a tia naquele sonho, se a Rose era a tia naquela época? - Essa é uma pergunta que só Freud pode responder.

Após socar as minhas paredes e chorar, coloquei as minhas mãos novamente entre meus dois ombros e lembrei daquela mulher de cabelo duro e dentes amarelos que me estuprou quando eu tinha 14 anos.

Veio aquela imagem horrível na minha cabeça. Ela, colocando um durex azul em minha boca e depois tirando a roupa. Lembro que isso foi no quarto da minha mãe. A fronha era rosa e o congo-red pairava entre a minha cabeça. 

PS: Até hoje, não falei isso pra minha mãe. De vez em quando ela vem aqui me ver e tenta alisar o meu corpo, mas eu grito e a mando embora.

A minha mãe está agindo como o meu pai agia há alguns anos atrás. - Hoje, fiquei tão nervoso que enrolei a língua e quase tive um infarto.

A minha mãe tá agindo com a Mariane. Tá louca, tá estranha... Falando em Jesus toda as vezes que a gente briga. Ela parece uma pastora fervorosa gritando - Sinto medo.

Aquela vagabunda da Mariane tentou fazer comigo, o que o Rodolfo tentou fazer com o Canisso na época do Rodox. E ela, abandonou os antigos amigos dela, por uma alienação. Como o Rodolfo fez com os caras do Raimundos.
 
Nunca pensei que a minha vida iria bater com a história de algumas bandas que eu gosto. E isso é meio estranho, mas é legal ao mesmo tempo.
 
Como ontem, descobri que eu sabia fazer beatbox: Suicida + Fazer Beat Box = Champignon. 
 
Só fiquei meio tonto, pois o meu pulmão tá muito podre por causa do cigarro. E pra você que não sabe, pra fazer o Beat Box, você precisa da caixa toráxica. E isso, incluí o pulmão, logicamente. Mas é legal descobrir que tem mais um talento. Até porque, me sentia um bosta até pouco tempo.
 
Quer dizer, ainda me sinto. Mas descobrindo que eu tenho dois talentos: Escrever e fazer beat box, eu fico um pouco menos triste. 
 
OBS: Eu não sei se eu vou me foder se eu escrever isso, mas foda-se. O apelido do namorado da tia é Chorão. Ironia, né?
 
Resumindo: Ficou literalmente a história do Charlie Brown. ''Chorão'' no vocal e ''Champignon'' no beat box e no baixo. Literalmente, no baixo. - Até poderíamos montar uma banda cover um dia.
 
Com certeza, eu iria sair no ''Tamô aí na Atividade''. Por motivos de:
 
- Tô ganhado pouco, sacanagem! (brinks)
 
Hoje, mandei a vaca da Silvana calar a porra da boca e desligar o som por motivos de: Eu não sou obrigado a  ouvir aquelas músicas de alienado do caralho. Senão der pra desligar, pelo menos abaixa! E não canta, por favor.

E o mais estranho é que a Silvana agora tá me respeitando. No primeiro dia que eu falei:

- Desliga essa porra, sua louca!

Ela desligou. E hoje, ela abaixou e cantou baixinho. Mas não ficou tão incômodo. Se fosse em outra época, ela iria gritar:
 
- Vai se foder, seu louco do caralho!
 
Mas como sempre, tem de haver uma defensora. Se nem a Silvana que é baixa pra cassete, reclamou... Alguém tinha de reclamar por ela. E esse alguém era a louca da minha mãe:
 
- ELA TÁ NA CASA DELA! E VOCÊ NÃO PODE RECLAMAR!
 
- Meu, nem ela reclamou que eu reclamei. Por quê você tá reclamando?
 
- É PORQUE EU NÃO QUERO CONFUSÃO! VOCÊ SABE QUE ELA TE XINGA!
 
- Meu, mesmo se ela me xingasse, a discussão iria ser entre mim e ela. Você não teria de entrar no meio.
 
- É. Ela podia te dar uma surra mesmo e te bater, seu lixo!
 
- Chama ela lá, então. Ela vai só meter o fio em mim e ir embora.
 
É... A minha mãe me chamou de lixo, me chamou literalmente de mongo e ainda tacou o chinelo nas minhas costas.
 
A minha mãe praticamente me chamou de mongo, pois, uma vez o Rodrigo e William estavam conversando em cima da laje coisas particulares  e eu gritei:

- Mano, não é melhor vocês conversarem em casa sobre isso? Sabe como esse Robrú é, não? Eu discuto  com a minha mãe sobre coisas minhas particulares e já tenho medo de que alguém saiba, imagine essas conversas aí. Pode dar até em morte se alguém ficar sabendo, vai por mim.
 
Na hora que eu falei, o Rodrigo falou pro William:
 
- É ''memo'', é memo''.. ''Vamô'' sair.
 
Mas a minha mãe nem sabia qual era o assunto e já ficou gritando:
 
- CALA A BOCA! PARA DE SE INTROMETER! VOCÊ VAI ACABAR ARRUMANDO CONFUSÃO!
 
- Eu?! Você nem sabe do que é que eles tavam falando e eu só falei pra eles conversarem em casa por causa de gente como você, por exemplo. Aí, já tá gritando sem saber de nada. Tanto que depois que eu falei, eles saíram. Eu defendi eles.
 
- Eles não saíram por sua causa, você é lixo.
 
Meu, eu fiquei tão nervoso que chamei ela de puta sem querer. E ela entendeu que foi sem querer, saca? Mas ela me bateu porque já queria mesmo. Vou explicar:
 
- Você fala tanto palavrão que eu acho que você não é meu filho. 
 
- Ah, não? Então não sei quem é meu pai?
 
Mas na verdade, eu queria dizer isso:
 
- Ah, não? Então, quem o meu pai catou? Quero saber quem é a minha mãe.
 
Até porque, quem fala mais palavrão, é a porra da família do meu pai. Então, se eu não era filho da minha mãe, então quem seria? Aquelas namoradas feias que não, né?
 
Mas quando fui tentar consertar o erro, já era tarde. Mesmo ela entendendo o que eu quis dizer porque, ela não é burra, ela veio pra cima:

- Você acha que eu sou puta?! Acha, filho da puta?!

Errei, pois eu iria ficar bem mais conformado se meu pai fosse outro, do que se minha mãe fosse outra. Por mais que minha mãe, louca, chata e manipuladora, eu a amo e não consigo guardar raiva dela.

Mas no patamar de enlouquecimento: Acho que os dois entraram no mesmo patamar. Os dois foderam a minha cabeça igualmente. Eles gostam de mexer com o psicologo da gente de uma forma fodida.
 
 Eles não mexem pra tocar no serne. Mexem para bugar a cabeça da gente. E isso é enlouquecedor.
 
 Me sinto como se eu fosse um Sistema Operacional bem ruim quando estou conversando com a minha mãe. Prestes a dar um Zeus.

Ia escrever meus próximos capítulos de um livro novo que estou escrevendo no Wattpad, mas o meu estado emocional me impede de fazer isso.
 
Mas pelo menos, o Blogger não serve só pra fazer textos de trabalho, né? Dá pra  desabafar também. Havia me esquecido disso, quando comecei a levar o meu blog mais a sério, sabe?
 
Vou dormir com a cabeça doendo, mas com a alma lavada, pelo menos.




 
 
 
 

terça-feira, 16 de junho de 2015

Petit It! - A maldade está na ask.fm


Você pode ler este texto ao som de: Dave Mathews Band - #41

(Texto escrito em meados de 2014, mas reescreverei de uma forma mais completa).

Conheci a Amanda Oliveira, do blog Petit It, na ask.fm em 2011. Um ano antes de começar em blogs, aliás. E nós tínhamos uma coisa em comum: Éramos muito julgados lá. Mas por motivos diferentes. - Mas ambos, xingados em anonimato.

No meu caso, eram algumas pessoas do Tobias querendo encher a merda do meu saco por causa da minha perna de bailarina. E no caso dela, era porque ela engravidou mais cedo.

Mas eu me identifiquei com  o caso dela, pois, acabava de vir, de um episódio de automutilação porque eu fiquei sabendo que a menina que eu gostava, também engravidou.

A Amanda era até um pouco parecida com a Franciele. Só era muito baixinha, mas os cabelos loiros, o jeito e a boca eram parecidos. Mas não é tanto pela aparência física que as duas se identificavam não, não mesmo.

A forma de demonstrar o amor pela filha através de textos, vídeos, fotos e no fato de crer que algum ser superior vai guiar os seus passos, é bem Tia Fran, viu?

Eu ainda vejo aqueles textos amorosos escritos de forma completamente errônea, aqueles vídeos bem fora de foco e de vez em quando, vejo fotos de uma bíblia dourada e também, frases de efeito falando:

''Deus é isso, Deus é aquilo''.

É mesmo, a Franciele bem que poderia fazer um blog falando sobre gravidez na adolescencia, sabe? Mas de jeito nenhum, ela poderia fazer uma ask.fm. Pois senão, ela iria sofrer o que a Amanda e eu sofríamos todos os dias. - Ou talvez não, né? Já se passaram três anos.

Assim como a gravidez na adolescencia é um assunto tabu, deficiência física também é. E por mais que a minha paralisia cerebral tenha afetado só a parte da perna, as pessoas ainda insistem em ter preconceito.

Ainda mais hoje em dia, que tá meio que na moda usar o Velho Testamento da Bíblia pra julgar os outros. Então, esses dias mesmo, o Macaulay usou Levítico e Paulo indiretamente para dizer que tem pena de mim e que vou pro inferno. 

Mas embora, eu não pouco me foda com esse negócio de ''ir para o inferno''. Dói o fato das pessoas sentirem pena de mim. 

E outra, eu não sei porque o Macaulay está tão ''preocupado'' e com pena porque eu vou ''para o inferno'', se no Novo Testamento, os deficientes não estão na lista de Paulo e de Coríntios. - Mas estão os maldizentes.

 Então, cuidado, Macaulay. Se eu for pro inferno por causa do Velho Testamento, você vai pelo novo.

Velho Testamento: É aquele testamento que veio antes de Cristo. Então, os apóstolos podiam julgar a porra toda. 

Novo Testamento: Depois de Lucas, Jesus veio, e acabou com a palhaçada. Então, Levítico foi morto. E os outros apóstolos por outrora, tiveram de mudar suas opiniões sobre algumas questões. Pois, Jesus só queria que o povo amasse uns aos outros. Então, Paulo teve de mudar sua lista e chamou Coríntios para isso. Mas ainda, no novo testamento, eles se mostraram muito machistas. Tanto que, as mulheres deveriam permanecer caladas nas igrejas. Não podiam estudar e tampouco trabalhar. 

OBS: Tá vendo Mariane? Não sei porque você é tão louca por Jesus sendo que até ele, quer que tu cale a porra da boca.

Enfim, desculpa mudar o foco do texto, mas depois eu volto, tá?: Esses dias, a minha Fisiatra disse, que mesmo eu operando umas mil vezes, a minha perna não vai zerar totalmente por causa da sequela que eu tive, vulgo, paralisia cerebral. 

E isso, me entristeceu muito, sabe? Pois, se eu soubesse disso antes, eu não teria operado e nem ficado com esses oito pontos feios na minha perna direita.

E por falar nisso, a minha mãe me falou uma coisa muito absurda hoje:

- Seja igual o Peixe. Ele sim é um exemplo, mesmo as pessoas zoando ele, ele nunca pensou em se matar.

Velho, eu prefiro mil vezes dar um tiro na minha cabeça do que ser igual ao otário do Leandro. E ele só ''se aceita''  por dois motivos:

  1. Além de otário pra caralho, ele é burro que nem uma porta. 
  2. Ele diminui os outros pra se sentir maior. - Assim, até eu.
Falo isso, pois, ele já tirou com a minha cara uma vez. Eu posso não correr direito, mas pelo menos, eu tenho uma coisa que ele não tem. Cérebro\inteligência.

Quando o Leandro descobrir que ninguém gosta dele e que ele só é um cocô no mundo. Com certeza, ele vai se olhar no espelho e dar um tiro na cabeça dele.

PS: Inclusive, podem mandar esse texto pro Leandro, viu? Terei o prazer de ter sido a causa do suicídio daquele merda. Aí, a minha mãe não vai poder mais encher meu saco falando essas merdas. E outra, já passou da hora daquele moleque meter o cinto na garganta dele.

 Adeus, Leandro. Ninguém precisa de você. Seja inteligente somente uma vez na vida e se mate. Faça esse favor pra mim. Obrigado, de nada.

É sério, nem o Bruno que era o meu maior desafeto aqui no Robrú, eu desejava tanto o suicídio do mesmo. Aliás, nem esperava que ele iria se matar, e se matou. Por quê o Leandro que é mais lixo não pode fazer isso? É fácil. E existem várias formas.

''Você é feio.
É feio pra caralho.
É feio.
É torto.
Mora na rua.
É periogoso
É feio pra caralho!

Quer um conselho?
Entra no banheiro...
Fecha bem a porta...
Tampa o basculante... (A tampa do vaso).
E liga o gás!''

OBS: Eu ia falar privada ao invés, de vaso. Mas esses porras do Robrú, ''sepá'', não sabem nem o que é privada. Então, disse em português claro pra que o Leandro não faça nada de errado na hora de seu suicídio.

Enfim, esqueci quase tudo o que eu escrevi neste texto ontem quando o meu blog bugou. Só lembro que foi algo meio Kurt Cobain: ''God is Gay''.

Ah, e disse também que a Franciele é como Jesus Cristo. Só que, ela está viva, é mulher e não é preciso pagar o dizímo para ajoelhar e chorar por ela. - Só o que faltava, ela começar a me cobrar após esse texto, aliás. Já gasto demais com remédios e cigarros. Dá um desconto pra mim, tia.

Ah, e disse também, que Jesus é meio amor não correspondido. Você chora, esperneia, ajoelha, mas ele está lá cagando pra você. Pena que, os alienados nem saquem isso. Pelo menos, eu saco.

  Eu sei, que ''A Jesus Cristo'', tá cagando pra o que eu tô sentindo. Só choro, ajoelho e esperneio de trouxa mesmo. Mas pelo menos, eu vou dormir sem culpa e sem perder nenhum tutu do meu bolso.

Enfim, só acho, que as pessoas deveriam meter menos o bedelho na vida dos outros. Porque enquanto, vocês nos julgam mal, elas estão sendo ótimas mães.

E eu... Acho que escrevo bons textos. Até porque, nunca vi uma xereca.

Ultima observação: Ah, e disse também que a Franciele sabe cuidar e muito bem de crianças. Até porque, ''cuidou'' de mim, por três anos. Convivi mais com ela do que com a minha própria mãe na época que ela trabalhava com o meu tio.




    



 
















segunda-feira, 15 de junho de 2015

Os textos do Mario Quintana...

Imagem: Sailor Jerry

Você pode ler este texto ao som de: Blink-182 - Feeling This


Hoje, eu estava falando pra minha mãe que eu não posso mais contar os meus pesadelos para a minha psicóloga, pois, a filha da puta estudou psicologia pelo método freudiano.

Método freudiano: Pra quem estudou psicologia pelo método freudiano, eles acham que os sonhos\pesadelos são coisas que a gente queria ser\demonstrar, mas não pode por algum motivo. Pra quem não sabe, Freud pensava dessa forma.

Então, eu falei pra minha mãe que eu falei pra psicóloga assim:

- Você lê Freud, né?

- Sim. Bem curioso você, hein?

- É, filha. Sou pobre, mas eu sou gente. Eu estudei.

Aí, quando eu falei isso. Minha mãe, por algum motivo pensou que eu havia falado isso pra Franciele:

- Ela achou que você era o mesmo gentinha de antes?

- Quê?

- É. Porque você falou pra ela, ''Sou pobre, mas eu sou gente''.

- E o que o ''gentinha'' tem a ver de eu ter descoberto a fonte de estudo da Lilian, mãe?

- Ah, pensei que você tava falando da Franciele.

- E você acha que a Franciele sabe quem foi Freud? Aquela mina, não sabe nem quanto é 2 + 2.

É... Mas só que eu havia esquecido de um detalhe importante ao literalmente chamar a Fran Fran de burrinha. Se não fosse por ela, eu não escreveria hoje.

Pois, quando eu tinha 13 anos, a gente tava conversando na perua sobre música e afins. E ela, no meio da conversa, começou a recitar isso:  

''Um dia descobrimos... Que beijar alguém pra esquecer outro é bobagem''.

- O que é isso?

- Mario Quintana.

- É alguma música ou algo do tipo?

- É poesia, idiota!

Então, depois daquela conversa, fui no orkut dela e encontrei aquele mesmo poema, mas não dei tanta atenção. Mas fiquei intrigado de fato. Mas em outra conversa que nós tivemos, ela me deu um conselho:

- Sai dessa rua. Vai ler um Mario Quintana e procure um futuro pra você. Você é um cara bom.

Então, dessa vez, fiz diferente. Saí da perua e ao invés, de ficar na rua, fui pra casa. E fucei o meu livro de português que estava estudando naquele ano. - E sim, estava cheio de poemas do Mario Quintana nele.

Então, comecei a lê-los e gostei muito. Lembro-me, que tinha até alguns desenhos a direita de cada poema. 

Deve ser daí, a mania que eu peguei de colocar imagens em todos os textos que eu faço, sabe?

Tinha aquele poema que ele fez depois de ter tomado um pé na bunda da ABL:

''Todos aqueles que estão atravancando o meu caminho.
Eles passarão.
E eu passarinho''.

Tinha: ''As ilusões perdidas''.
''Fumar é um jeito discreto de ir queimando as ilusões perdidas.
Daí, esse ar entre aliviado e triste dos fumantes solitários.
Vocês já repararam que nenhum deles fuma sorrindo?''

Então, por algum motivo fucei meus livros de 3ª e 4ª série. E lembro, que, na mesma conversa que Franciele e eu tivemos aquela noite, ela havia falado da Cássia Eller e eu disse:
- Não a conheço.

Pois então, no meu livro de 4ª série, havia a letra de Malandragem escrita por mim com todos os garranchos ilegíveis. A letra é do Cazuza, mas quem se importa? O fato é que, eu conhecia a porra da Cássia Eller.

Então, na mesma noite ainda, entrei em um site que só havia poemas do Mario Quintana que falavam sobre morte e cemitério. Fiquei lendo até cair no sono.

E por algum motivo, lembrei que na minha infância, amava ler as revistas Superinteressante que o meu pai trazia pra mim.

E a partir daquele dia, nunca mais quis sair do meu mundinho deprimido. Que já foi meu e que eu já me sentia protegido por ele. Mas fiquei feliz demais por causa de uma mera menina.

E essa ''mera menina'', me fez ser quem eu sou hoje. Um escritor reclamão de textos sensíveis pra caralho. E tudo por ter me apresentado a um velho fumante que escreve lindamente e me fez voltar a imaginar a infância que eu nunca tive.

Não é à toa, que o meu livro mais visualizado no Wattpad, é sobre ela. - Lembrando-me disso, acho até justo, sabe?

E o que me faz pensar que o merda do Caio Castro e os filhos da puta daqueles funkeiros, são ignorantes porque querem. Ou porque não acharam uma literatura que se identificassem com a linguagem deles.

 A Hilda Hilst pode ser uma opção para eles. Por mais que o estilo de escrita dela exija atenção, ela fala muito em xoxota e em xereca. E cá entre nós, é no que os funkeiros mais falam.

Aliás, nem todos os funkeiros são ignorantes e burros. MC Garden por exemplo, utiliza o funk com muita inteligência além de ter uma dicção muito boa.

É... Se não fosse a Tia que hoje tanto subestimo, eu seria um ignorante de merda. E talvez, nunca encontraria uma aptidão. Ou seja, nunca faria o que eu amo; que é escrever.