segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Pode ser o último dia... (Angel)




Pode ser o último dia em que eu penso na Franciele, na Bianca, na Mirian, na Carol, na Natalia e na Luana.

Pode ser o último dia em que eu penso no bullying do colégio. - E pode ser a primeira vez, que vou receber carinho.

Tomara que seja, pois, estou apaixonado de novo e faz tempo.

Ela é linda e me deixa deprimido, toda vez que vai embora.

E velho, eu tô meio cansado de viver coisas de mentira. - Quero escrever coisas reais e sentimentos reais.

O foda é que, essa menina mora aqui no Robrú e tenho medo de sofrer pressão das pessoas:

- Tá com você por pena! Um torto desse com uma gata dessa, não é possível.

O pior é que eu, fui tão fofo e tão simples na minhas ideias, que tenho medo de não conseguir nada.

É que eu, não consigo falar: ''Aê gatinha, vamô ficar, mano? Tá rolando sentimento''.

Quer dizer, até sei. - Mas tenho vergonha de chegar assim.

O chifre será consequência. - Por isso, não vou ser ciumento. Eu corro um sério risco de ser traído e, sempre tive consciência disso.

Não por causa da minha mãe que foi traída pelo meu pai, mas por outros motivos: ''A tortice''.

- O Vitão é otário. Nem vai perceber que tá tomando chifre, ô!

Percebo, sim. - É a primeira coisa que eu penso antes de dar ideia.

A menina virando de lado na cama tendo nojo de mim, os clássicos: ''Hoje, não'' e, ''Tô com dor de cabeça''.

E por fim, a coletânea do Phil Collins tocando: ''Do You Remember''

Sim, de otário eu tenho menos que todos imaginam. - E sim, eu tenho muito medo de entrar num relacionamento por causa disso.

'' Do You Remember; All this over''.

A minha mãe não sabia o que isso queria dizer quando o meu pai tocava essa música no taper, mas eu sei, sempre soube.

A minha mãe disse esses dias, que uma das últimas coisas que ele falou antes de ir embora, foi:

- Você não me dá atenção, não me dá carinho e por isso, vou embora!

É a velha tática do carente profissional. - Está em todas as listas dos labientos velhos.

Mas no meu caso, será diferente:

- Me disseram que você é igual ao merda do Peixe. Por isso, vou embora!

Vou me sentir como naquela música da Legião Urbana:

''Eu sei porque, você fugiu.

Mas não consigo entender''.

O povo daqui no Robrú, não sabe a diferença do Curupira para a Cinderela. - E também, larguei tudo, por causa disso, já. O Peixe, continua com o seu pé torto e também, é oligofrênico.

Depressivos e defeituosos tem uma grande possibilidade de levar um cifre:

- Com você é tudo muito sério, Vi. Com ele, eu dou risada.

O bom, é que eu sou um depressivo, mas também sou um bobo. - Gosto de fazer as pessoas rirem.

Todas as meninas que eu pedi pra ficar, riram comigo.

 E porque, eu quero ficar com alguém? - Pra ser feliz um pouquinho. E isso, inclui, dar risada.

Meu apelido entre elas é: ''Criança''. - Logo, porque, sou um bobo.

Mas nem todo depressivo é meloso. - Só quando a depressão aparta demais.

Eu mesmo, quando eu tô carente de carinho. - A minha mãe percebe e fica:

- Vem cá, Vi.

Mas eu peço pra ela esperar eu parar de chorar.

Hoje mesmo, eu tava cagando e a minha mãe, viu o meu monitor ligado e disse:

- É a Franciele ali naquela tela?

- É, mãe, é...

- Esquece aquela vagabunda sem vergonha!

- E você acha que eu não tento?

Calma! Eu só penso nela, quando você some. - Aliás, penso em todas.

Isso é tudo pela arte. - Sofrer, beber, tomar remédios pra dormir, chorar. Para escrever uma boa crônica e um bom livro.

Pois, como mesmo te disse: ''A Amazon gosta de capas bonitas. Se importa mais com as capas do que, com o conteúdo''.

E a Franciele, é apenas uma capa.

Mas você, não. Você é real. E podemos formar uma dupla, ao estilo Marvin Gaye e Tammi Terrell.

Você me disse que não é criativa, mas você é sonhadora. - Podemos colocar todos os nossos sonhos no papel.

E sermos felizes, até quando durar.

E nenhum de nós morreremos. - Pois, vou fazer de tudo pra que seja verdadeiro.

Eu sei, que, tenho os meus problemas com o fumo e com as drogas farmacológicas, mas vou dar um jeito de fumar menos e não sofrer tantas overdoses.

Pois, contigo, nunca mais serei deprimido.











Nenhum comentário:

Postar um comentário